De entre os profissionais de desgaste rápido encontram-se os jogadores de futebol e ─ segundo algumas opiniões ─ os físicos. Para estes profissionais, a idade mais produtiva vai dos vinte e poucos até aos trinta e poucos … Longevidades profissionais de excelência superiores a dez anos são raras, tanto para uns como para outros. A partir de certa altura, falta a frescura física no jogador de futebol e a flexibilidade intelectual no físico; em ambos começa a faltar a imaginação e começa a valer mais a experiência. Perante esta fatalidade há sempre um momento de viragem que estas duas classes de profissionais têm de encarar. Há aqueles que são capazes de perceber a sua incapacidade de jogar na alta competição; há os que teimam em manter um estatuto de vedetas sem serem capazes de se adaptar às exigências dos novos tempos, terminando as suas carreiras descredibilizados.
Por isso, muitos jogadores de futebol e físicos, para se manterem ligados à sua profissão, acabam por se dedicar ao treino de jovens ou a actividades administrativas de consultadoria ou direcção. Fazendo uma opção diferente, Einstein, o ilustre criador da Teoria da Relatividade, acabou a sua carreira isolado, praticamente ignorado por uma nova geração de físicos e asfixiado pela tentativa de desvendar uma “teoria da unificação” de enorme complexidade para um só homem.
Num dos Encontros Internacionais de Genève [de ciência, não de futebol …], realizado em 1952 e dedicado ao tema o “Homem perante a Ciência”, o famoso Max Born, a propósito de uma discussão técnica envolvendo potenciais retardados e avançados, confrontava o igualmente famoso Erwin Schrödinger com estas duras palavras:
Por isso, muitos jogadores de futebol e físicos, para se manterem ligados à sua profissão, acabam por se dedicar ao treino de jovens ou a actividades administrativas de consultadoria ou direcção. Fazendo uma opção diferente, Einstein, o ilustre criador da Teoria da Relatividade, acabou a sua carreira isolado, praticamente ignorado por uma nova geração de físicos e asfixiado pela tentativa de desvendar uma “teoria da unificação” de enorme complexidade para um só homem.
Num dos Encontros Internacionais de Genève [de ciência, não de futebol …], realizado em 1952 e dedicado ao tema o “Homem perante a Ciência”, o famoso Max Born, a propósito de uma discussão técnica envolvendo potenciais retardados e avançados, confrontava o igualmente famoso Erwin Schrödinger com estas duras palavras:
Os físicos são muito flexíveis quanto ao uso dos conceitos matemáticos e devem proteger-se de todo o dogmatismo e de toda a ideia preconcebida sobre o que é ou não [fisicamente] permitido. É unicamente a experiência que lhes pode ensinar de que maneira devem manipular os símbolos matemáticos. Talvez se encontre aqui o diferendo mais fundamental que me opõe a Schrödinger: é que ele está ainda demasiado agarrado às coisas que aprendeu na sua juventude, enquanto que eu, apesar de 10 anos mais velho, creio ter acompanhado o tempo …
Um homem, como Schrödinger, particularmente activo na revolução da mecânica quântica não terá provavelmente gostado de ouvir estas afirmações … Há anos um guarda-redes de valor como o Victor Baía não gostou de ser preterido na selecção nacional por um guarda-redes mais jovem e, certamente, mais adaptado ao futebol moderno.
Um homem, como Schrödinger, particularmente activo na revolução da mecânica quântica não terá provavelmente gostado de ouvir estas afirmações … Há anos um guarda-redes de valor como o Victor Baía não gostou de ser preterido na selecção nacional por um guarda-redes mais jovem e, certamente, mais adaptado ao futebol moderno.
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