O grande objectivo das “belas artes” foi a busca e a representação da beleza. Nas últimas décadas, porém, este grande objectivo deixou de ser dominante. Os novos objectivos da arte são múltiplos e variados e raramente se enquadram no conceito de beleza tal como é entendida pelo senso comum. Não é fácil encontrar beleza nas pinturas de Francis Bacon ou de Paula Rego… É mesmo impossível encontrá-la na arte contestatária, feia e efémera, que tem por objectivo destruir uma ideologia, um preconceito ou uma postura política ou social, acabando por autodestruir-se. A terminologia “belas artes” perdeu todo o significado e foi sub-repticiamente substituída por “artes plásticas”.
A apreciação da arte é um acto subjectivo e pessoal, que não pode ser universalizado, mesmo que se tenham estabelecido consensos mais ou menos alargados sobre o valor artístico de determinadas obras. Na arte não existe progresso. Existirão movimentos novos, atitudes originais e técnicas inovadoras, mas a arte, como expressão pura de um sentimento, de uma emoção ou racionalidade, não é um edifício sólido que os artistas ajudem a construir, geração após geração. Romper com o passado e ser absolutamente original parece ser o grande objectivo de um artista e, particularmente, de um artista moderno.
A ciência tem como objectivo único a busca da verdade, aquela verdade que explica, esclarece e faz progredir a própria ciência nas brumas do desconhecido. A verdade científica é objectiva e universal; é independente dos gostos, das tendências e da cultura de cada um.
O cientista original é o cientista que elimina os pontos fracos de uma teoria e que vê aquilo que mais ninguém vira antes dele. Poderá ter que destruir um muro do grande edifício que é a ciência; o novo será mais forte e o grande edifício tornar-se-á mais seguro. O trabalho de sucessivas gerações acumula-se, aperfeiçoa-se, corrige-se, e o edifício, cada vez mais sólido, continuará a crescer.
Será que as obras de Picasso se poderão comparar com as de Einstein? Picasso criou formas originais de exprimir a sua arte. Einstein criou novas teorias para explicar a natureza. As obras de Picasso são obeliscos apreciados e desejados, e fazem parte da floresta de colunas, mastros, estacas e varapaus que constituem a arte. As obras de Einstein são importantes pilares do grande edifício de pedra e tijolos que constitui a física, uma dos sectores básicos do grande edifício científico. É verdade que ninguém apreciará os pilares de Einstein ao ponto de pagar por eles milhões de euros mas ninguém duvida que o seu valor é incalculável, pois deles beneficiam muitos milhares de milhões de pessoas.
Apesar das minhas limitações de apreciação estética, gosto muito de alguns quadros de Picasso. É pena que não estejam acessíveis a meus olhos como estão as obras de Einstein à minha curiosidade científica! … Se aperfeiçoar com o meu talento a obra de Einstein serei por isso reconhecido, mas se tentar aperfeiçoar a obra de Picasso não passarei de um plagiador ou falsário.
A apreciação da arte é um acto subjectivo e pessoal, que não pode ser universalizado, mesmo que se tenham estabelecido consensos mais ou menos alargados sobre o valor artístico de determinadas obras. Na arte não existe progresso. Existirão movimentos novos, atitudes originais e técnicas inovadoras, mas a arte, como expressão pura de um sentimento, de uma emoção ou racionalidade, não é um edifício sólido que os artistas ajudem a construir, geração após geração. Romper com o passado e ser absolutamente original parece ser o grande objectivo de um artista e, particularmente, de um artista moderno.
A ciência tem como objectivo único a busca da verdade, aquela verdade que explica, esclarece e faz progredir a própria ciência nas brumas do desconhecido. A verdade científica é objectiva e universal; é independente dos gostos, das tendências e da cultura de cada um.
O cientista original é o cientista que elimina os pontos fracos de uma teoria e que vê aquilo que mais ninguém vira antes dele. Poderá ter que destruir um muro do grande edifício que é a ciência; o novo será mais forte e o grande edifício tornar-se-á mais seguro. O trabalho de sucessivas gerações acumula-se, aperfeiçoa-se, corrige-se, e o edifício, cada vez mais sólido, continuará a crescer.
Será que as obras de Picasso se poderão comparar com as de Einstein? Picasso criou formas originais de exprimir a sua arte. Einstein criou novas teorias para explicar a natureza. As obras de Picasso são obeliscos apreciados e desejados, e fazem parte da floresta de colunas, mastros, estacas e varapaus que constituem a arte. As obras de Einstein são importantes pilares do grande edifício de pedra e tijolos que constitui a física, uma dos sectores básicos do grande edifício científico. É verdade que ninguém apreciará os pilares de Einstein ao ponto de pagar por eles milhões de euros mas ninguém duvida que o seu valor é incalculável, pois deles beneficiam muitos milhares de milhões de pessoas.
Apesar das minhas limitações de apreciação estética, gosto muito de alguns quadros de Picasso. É pena que não estejam acessíveis a meus olhos como estão as obras de Einstein à minha curiosidade científica! … Se aperfeiçoar com o meu talento a obra de Einstein serei por isso reconhecido, mas se tentar aperfeiçoar a obra de Picasso não passarei de um plagiador ou falsário.
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