A ciência parece desabrochar e frutificar, de forma harmónica e vigorosa, apenas em ambientes de plena liberdade política, religiosa, social e mental. Bernardo Alberto Houssay (1887-1971) prémio Nobel de Fisiologia e Medicina de 1947, afirmou o seguinte:
A ciência só pode viver e prosperar com vigor numa atmosfera de sã liberdade, já que toda a opressão a empobrece e debilita progressivamente; desperta e mantém vivo o amor à liberdade, privilégio supremo do género humano.
Estimulada pela liberdade, a ciência impulsiona por sua vez a liberdade. Como um obscuro Pouydebat afirmava poeticamente em 1882:
Ciência e Liberdade! duas irmãs; dupla claridade…
Na sua presença desaparecem erros e tiranias.
O sistema heliocêntrico de Aristarco (310-230 a.C.), surgido na Grécia Antiga durante uma época de superstição religiosa, foi rotulado de herege e por isso não vingou.
A subjugação da filosofia à teologia na cultura islâmica do século XIII provocou a decadência cultural e científica dos países islâmicos que ainda hoje os debilita.
A Inquisição travou os movimentos libertadores da Reforma ─ e, juntamente com esta, o desenvolvimento da ciência ─ ao inibir homens como Copérnico e Descartes e ao obrigar espíritos mais afoitos ─ como Galileu e Giurdano Bruno ─ a abjurar publicamente as sua ideias ou a morrerem consumidos nas fogueiras dos Autos de Fé.
O Iluminismo do século XVIII, alimentado pela ciência, produziu a Revolução Francesa, cujos princípios de “liberdade, igualdade e fraternidade” levaram a própria ciência a um desenvolvimento explosivo na França do século XIX.
Nos períodos que se seguiram à guerra de libertação e à guerra civil dos EUA, e quando se encontrava já estabelecida a liberdade democrática, a ciência transformou esta ex-colónia ignorante e subdesenvolvida numa potência universal, em menos de 100 anos.
O regime nacional-socialista nazi, com uma ideologia intolerante e uma prática política opressora, produziu cientistas loucos que acabaram a realizar experiências monstruosas nos prisioneiros dos campos de concentração.
O comunismo, limitador das liberdades e iniciativas individuais, teve uma enorme responsabilidade no desenvolvimento desequilibrado da ciência soviética. George Gamow, no fim dos anos 20, foi preso e exilado para bem longe de Moscovo, por ensinar a mecânica quântica! … Por não o ter impedido, o director do Instituto em que Gamow trabalhava foi deportado para a Sibéria! … Apesar da ciência ter sido considerada uma das bases fundamentais da cultura e a força impulsionadora do progresso tecnológico e económico da URSS, com direito a orçamentos generosíssimos, a sua utilidade e inovação revelou-se medíocre comparada com a dos países ocidentais. Em áreas importantíssimas como a microelectrónica e a genética, este enorme país estava ao nível dos países mais pequenos e cientificamente mais atrasados, só porque aquelas disciplinas não foram consideradas estratégicas nos planos quinquenais do governo comunista….
O regime salazarista perseguiu e expulsou das universidades muitos dos melhores cientistas portugueses do século XX. Segundo Vital Moreira, houve resistência dos que ficaram:
Apesar da «política do espírito» salazarista, nunca o regime conseguiu engodar a cultura, os intelectuais e os cientistas, que, pelo contrário, mantiveram, durante todo o tempo, um elevado grau de militância antifascista.
Apesar desta resistência ao regime, nunca a ciência saiu de um estado de letargia medíocre no Portugal salazarista.
A Revolução Cultural chinesa destruiu toda a estrutura de investigação científica das universidades, institutos e centros de investigação da China, atrasando de décadas a ciência deste país. Embora nos últimos anos se tenham verificado alguns progressos na ciência e nas liberdades, a ciência chinesa só se tornará realmente forte quando os cientistas viverem num ambiente de plena liberdade.
Yves Guyot (1843-1928) afirmou que “progresso está na razão directa da acção do homem sobres as coisas e na razão inversa da acção do homem sobre o homem” ou, noutras palavras, o progresso aumenta com a Ciência e diminui com o despotismo.
Só em condições de liberdade, plena e sem constrangimentos, os cientistas poderão produzir ciência de qualidade superior.
A liberdade não é uma condição suficiente do desenvolvimento científico, mas tudo indica que é uma condição necessária.
A ciência só pode viver e prosperar com vigor numa atmosfera de sã liberdade, já que toda a opressão a empobrece e debilita progressivamente; desperta e mantém vivo o amor à liberdade, privilégio supremo do género humano.
Estimulada pela liberdade, a ciência impulsiona por sua vez a liberdade. Como um obscuro Pouydebat afirmava poeticamente em 1882:
Ciência e Liberdade! duas irmãs; dupla claridade…
Na sua presença desaparecem erros e tiranias.
O sistema heliocêntrico de Aristarco (310-230 a.C.), surgido na Grécia Antiga durante uma época de superstição religiosa, foi rotulado de herege e por isso não vingou.
A subjugação da filosofia à teologia na cultura islâmica do século XIII provocou a decadência cultural e científica dos países islâmicos que ainda hoje os debilita.
A Inquisição travou os movimentos libertadores da Reforma ─ e, juntamente com esta, o desenvolvimento da ciência ─ ao inibir homens como Copérnico e Descartes e ao obrigar espíritos mais afoitos ─ como Galileu e Giurdano Bruno ─ a abjurar publicamente as sua ideias ou a morrerem consumidos nas fogueiras dos Autos de Fé.
O Iluminismo do século XVIII, alimentado pela ciência, produziu a Revolução Francesa, cujos princípios de “liberdade, igualdade e fraternidade” levaram a própria ciência a um desenvolvimento explosivo na França do século XIX.
Nos períodos que se seguiram à guerra de libertação e à guerra civil dos EUA, e quando se encontrava já estabelecida a liberdade democrática, a ciência transformou esta ex-colónia ignorante e subdesenvolvida numa potência universal, em menos de 100 anos.
O regime nacional-socialista nazi, com uma ideologia intolerante e uma prática política opressora, produziu cientistas loucos que acabaram a realizar experiências monstruosas nos prisioneiros dos campos de concentração.
O comunismo, limitador das liberdades e iniciativas individuais, teve uma enorme responsabilidade no desenvolvimento desequilibrado da ciência soviética. George Gamow, no fim dos anos 20, foi preso e exilado para bem longe de Moscovo, por ensinar a mecânica quântica! … Por não o ter impedido, o director do Instituto em que Gamow trabalhava foi deportado para a Sibéria! … Apesar da ciência ter sido considerada uma das bases fundamentais da cultura e a força impulsionadora do progresso tecnológico e económico da URSS, com direito a orçamentos generosíssimos, a sua utilidade e inovação revelou-se medíocre comparada com a dos países ocidentais. Em áreas importantíssimas como a microelectrónica e a genética, este enorme país estava ao nível dos países mais pequenos e cientificamente mais atrasados, só porque aquelas disciplinas não foram consideradas estratégicas nos planos quinquenais do governo comunista….
O regime salazarista perseguiu e expulsou das universidades muitos dos melhores cientistas portugueses do século XX. Segundo Vital Moreira, houve resistência dos que ficaram:
Apesar da «política do espírito» salazarista, nunca o regime conseguiu engodar a cultura, os intelectuais e os cientistas, que, pelo contrário, mantiveram, durante todo o tempo, um elevado grau de militância antifascista.
Apesar desta resistência ao regime, nunca a ciência saiu de um estado de letargia medíocre no Portugal salazarista.
A Revolução Cultural chinesa destruiu toda a estrutura de investigação científica das universidades, institutos e centros de investigação da China, atrasando de décadas a ciência deste país. Embora nos últimos anos se tenham verificado alguns progressos na ciência e nas liberdades, a ciência chinesa só se tornará realmente forte quando os cientistas viverem num ambiente de plena liberdade.
Yves Guyot (1843-1928) afirmou que “progresso está na razão directa da acção do homem sobres as coisas e na razão inversa da acção do homem sobre o homem” ou, noutras palavras, o progresso aumenta com a Ciência e diminui com o despotismo.
Só em condições de liberdade, plena e sem constrangimentos, os cientistas poderão produzir ciência de qualidade superior.
A liberdade não é uma condição suficiente do desenvolvimento científico, mas tudo indica que é uma condição necessária.
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